Mas Counter Strike não foi o único. Antes dele, Carmageddon e o primeiro GTA foram probidos pela justiça. E, não faz muito tempo, o game Bully (também da Rockstar) e o RPG Everquest também entraram pra lista. E por que isso aconteceu?
As proibições têm todas o mesmo fundamento: dizem que os jogos são violentos, que colocam o jogador na posição do "bandido", que o jogo ofende os valores morais da sociedade. Aliás, esse é o mesmo fundamento do projeto de lei do Senador Valdir Raupp, que pretende banir os jogos "ofensivos e violentos" do território nacional (leia mais sobre isso aqui). Mas será que essa é a melhor opção?
A preocupação com os games é maior porque, ao contrário do que acontece com os filmes e os livros, a imersão do jogador é muito maior. O gamer controla o personagem, determina suas ações, faz as escolhas que, se fossem feitas no mundo real, seriam as escolhas "erradas". Não há estudos conclusivos sobre o assunto, mas é de preocupar qualquer psicólogo o fato de uma criança ter a oportunidade de matar, com suas próprias "mãos", inocentes pedestres nas ruas de San Andreas (e fazer isso por diversão!).
Por outro lado, sabemos que games não são coisa de criança. Há jogos direcionados ao público infantil, mas o mercado cresce na direção do público adolescente e adulto. Mas se os jogos estão disponíveis para todos, como conciliar a proteção das crianças a conteúdos que não são apropriados, e a demanda crescente por jogos com temas mais adultos?
A classificação etária é uma solução possível. Assim como os filmes e programas de televisão, os jogos recebem uma classificação de acordo com o público alvo. O problema é que, nesse caso, o controle fica só na hora da compra - e quais são os pais que se atentam a isso? E pior: como o mercado brasileiro é dominado pela pirataria, é ridículo pensar que o camelô ou os sites de download estejam preocupados em indicar a classificação etária dos games, e mais absurdo ainda esperar que a criança ou adolescente preste atenção nisso na hora de comprar ou baixar o jogo.
Proibir seria uma boa solução? Basta dar uma olhada nas lanhouses, nas bancas de camelô e na internet pra notar que nenhum dos jogos proibidos teve sua popularidade diminuida por causa da proibição, tampouco deixaram de jogá-los. Pelo contrário, o jogo proibido vira cult, faz aumentar a procura e a vontade de jogar.
O que fazer então? Ou melhor ainda: é preciso fazer alguma coisa? Será que realmente é necessário "proibir" ou "restringir" o acesso aos games ditos "violentos" e "ofensivos"? Não vemos legiões de assassinos nas ruas que ficaram assim por causa de Duke Nukem, Counter Strike ou Left 4 Dead. Mas talvez uma ou outra pessoa que ficou transtornada por causa de um jogo fosse motivo pra repensarmos isso. Ou não.
Temos que pensar e discutir o assunto. Jogo não é filme, não é livro, mas também não é lavagem cerebral, não é hipnose. O que vocês acham? Queremos ouvir a opinião de vocês. Proibir adianta? Ou é melhor liberar tudo? Classificação etária presta pra alguma coisa? E alguém já virou assassino depois de matar filas de pedestres em GTA? Discutam! =)
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7 comentários:
hmmmm
eu acho que não adianta querer proibir esse tipo de coisa. sempre vai ter como contornar.
infelizmente as crianças de hoje não poderão ser tão inocentes qto as de antigamente...,
e o melhor a fazer é aceitar isso e lidar com a questão.
pq a molecada de hoje sabe a diferença entre videogame e vida real. E, se por um lado, argumenta-se que a violência pode incentiva-los a serem violentos fora, há tbm, por outro lado, a possibilidade de que eles extravasem no videogame aquilo que sabem que é errado viver. Experimente estar muito puto e ir matar pessoas em GTA. Melhor que pegar uma pistola de verdade, não? É tipo um saco de boxe.
Sem duvida, proibir é a pior "solução", como comprovado por experiencias anteriores, nada mudou com a proibição. Os jogos já fazem o que devem, vêm com uma classificação indicativa, o resto o consumidor deve julgar: se quer jogar, se seu filho pode jogar.
Quando eu fui comprar o jogo Conker's Bad Fur Day (Nintendo 64) meus pais olharam a classificação etária (+18) e não me permitiram, aluguei o jogo e joguei na frente deles para eles avaliarem devidamente o jogo, e concordaram que eu poderia comprar o jogo.
Há sempre quem alegue que jogos podem levar pessoas a cometer crimes e loucuras do tipo, mas culpar o jogo é muito mais facil do que avaliar o histórico pessoal do criminoso.
Concluindo, proibir num adianta porcaria nenhuma, a classificação etária tá aí pra avisar o publico, o que for feito alem disso é de responsabilidade do jogador ou responsavel por este, ninguem vai virar um assassino depois de jogar um pouco de GTA ou Counter Strike, há motivos muito mais fortes que levam uma pessoa a cometer tais crimes.
Infelizmente, vejo no Brasil uma grande tendência a proibir o que é considerável por uns indesejável... não que seja essa a postura colocada pelo texto, que ao contrário traz à tona essa questão...
Ao meu ver, como bem explanado pelo texto, a proibição traz como resultado a proliferação, porque não há fiscalização sobre o conteúdo dos jogos disponibilizados em lan houses e porque, mesmo se o jogo não for vendido em lojas oficiais, o será no mercado clandestino...
Concordo que a classificação etária hoje acaba não se prestando à sua finalidade, uma vez que ela simplesmente não é respeitada... e isso não é exclusividade dos games (ainda tem muita criança que compra cigarros e bebidas para os pais ou para elas mesmas)... Mas acho que a classificação etária é o caminho, mas ela tem que vir acompanhada de fiscalização e de orientação aos pais sobre os riscos que a exposição a tal conteúdo pode ter sobre a mente em formaçao de um infante...
E pra concluir (duvido que alguém leia até aqui), acho que o conteúdo de um jogo não é fator determinante na formação do caráter de uma pessoa normal, mas é comum (e uma tendência crescente) que personagens de jogos assumam figuras de heróis para crianças e jovens, justamente pelo fato de que o jogador assume a posição de personagem principal, causando uma imediata identificação entre jogador e personagem... e, numa mente problemática, o efeito poderá ser sim nocivo, mas friso que isso não exclusivo aos jogos, pois, uma "pessoa de mente fraca" pode e será influenciada por diversos outros meios e convenhamos que influência ruim nesse mundo é o que não falta...
Obs: Erick, o português mais formal foi só para encher o seu saco... hahaha
Meu português não será formal.
Bem, concordo plenamente com tudo que o "Fe_Fiuza" falou. Não se deve proibir algo por causa de um ou pequenos casos que acontecem. Se não, por favor, proíbam voos, saltos de para-quedas, sexo, sair na rua de noite etc. O jogo pode sim borbulhar isso dentro de uma mente fraca, mas isso aconteceria com qquer coisa, religião, política, relacionamentos etc. (Assunto bem explorado em MMO's), ou seja, proiba tudo! rs
Outra parte explorada pelo ótimo colunista Erick Santos, é sobre a classificação. Bem, isso é sim educação. Aquela antiga educação que seus pais ensinam e etc, admita, se você não sabe que seu filho está jogando um jogo extremamente violento, quer dizer que boa coisa não sairá dessa criança. É fácil culpar um jogo depois que seu filho matou um monte de gente, mas em momento alguma uma mãe para e pensa na culpa que ela tem nisso, em suma, proíba a reprodução tb.
E finalizando, francamente, ao invés do desgraçado do político ficar pensando sobre joguinhos e como proibi-los, deveria fazer algo util ao nosso país.
É isso aí, sou um cara que fica nervosinho fácil e já não posso fumar nos lugares, agora tirar meu jogo onde eu posso matar zumbis e descarregar todo dia estressante é mancada! =)
Legal a discussão então vou dar meu ponto de vista
Acredito que a proibição seja uma questão politica. Existe a classificação etária mas o que impede mesmo que uma criança compre o jogo? Isso é o que os pais e eleitores perguntam. A partir desse ponto as autoridades proíbem somente para dizer "estamos fazendo alguma coisa".
Concordo com vocês quando dizem que o game não forma carácter mais influencia. Entretanto acredito que nenhuma das mídias hoje em dia serve de estopim para uma pessoas desequilibrada. Quem gera o fator decisivo são eventos sociais ou familiares. Além disso tem o ponto que levou essas a se desequilibrarem que também não é iniciado pelos games outra mídia.
Resumindo: Não são os Games,TV,Internet,Jornal,Revistas e etc. que iniciam ou terminam a formação mental de um individuo mas eles tem influência no processo. O ponto mais forte na hora de determinar o caráter de uma pessoas está em sua família, a sua raiz, e logo em seguida a sociedade.
Dessa formas fica claro que tais atitudes cesuradoras são inúteis. Mas a orientação aos pais de que eles devem estar cientes do que seus filhos jogam é necessária e muito bem vinda.
Sinalize e deixe que cada pai analise a maturidade de seu filho e decida o que ele vai jogar. Poderíamos entrar em méritos mais sociais mas a questão game, que é foco, já está provado que não é um ponto chave.
Reflitam
eu acho que eles nao desedugao eles sao divertidos e muito irados pois eles sao muito legais e precisamos dar uma chansse a esse jogos pois muitos jogos sao chatos e entao ja pesarao se o pais brasileiro so tiver jogos chatos ninguem vai jogar...a net vai perder muitos usus de jogos e vai desvalorisar os jogos e entao nao tera jogos na net ci tiver vao ser so uns...250 e olhe la...por esenplo o gta nao e so matar nao...muito pelo contrario fasser manha de carros,motos,avioes,e mais.
Assunto sempre polêmico, acho que a restrição/proibição dos jogos é uma babaquice, pelos motivos já elencados nos comentários.
Enfim, só vim aqui comentar depois de tanto tempo, porque rachei com último comentário. Desculpa aí Chester, mas na boa, confessa, tu tava mó doidão quando escreveu essa porra né meu?
Abraço aos Potudos e voltem logo seus malucos.
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