Não sabe nem que torneio é esse muito menos quem são as lendas? Não se preocupe que nós explicamos!
Lançado recentemente pela Sega, esse game de luta em 3D trás grandes personagens da mitologia para se enfrentarem em um torneio para... Bem, para... Argh, é difícil falar sem parecer ridículo, é para vencer a morte, Thanatos. É, não dava para ser mais clichê, personagens inspirados em mitologia greco-romana se degladiando em arenas também mitológicas para conseguir vingança sobre o último chefe ("inimigão", como diria a Karol).
Bem, qual a novidade aqui? Nenhuma, mesmo. A engine usada é a mesma de The Conduit, o que significa gráficos muito bons para o console. A jogabilidade não é nada surpreendente mas funciona, principalmente se usado o Classic Controller. Mas o jogo falha e um ponto crucial, os personagens não são carismáticos. Na verdade, todos tentam (de maneira muito forçada) e falham miseravelmente.
Apesar disso, o jogo se sustenta em mecânicas interessantes e um visual muito bonito. Mesmo com as fraquezas e a ausência de algo realmente novo e criativo, você vai gostar de prestar atenção nos pequenos detalhes e acredito que uma boa tática de combate pode entretê-lo mais do que a ação propriamente dita.
A essa altura você já deve estar me xingando querendo saber do que exatamente eu estou falando. Pois bem, estou falando das armas, armaduras e encantamentos. Antes de cada batalha, você escolhe a arma que seu personagem vai usar. Até ai nada de novo, esse mesmo esquema já foi visto e utilizado em Soul Calibur. Mas tem um porém: você pode usar armas dos outros personagens. Isso gera combinações interessantes mas descaracteriza os lutadores. Além da arma, você também escolhe um encantamento que poderá ser conjurado em sua arma durante o combate. Existem desde encantamentos que causam mais dano até aqueles que paralisam ou roubam HP do oponente e todos eles são característicos de cada guerreiro.
A partir desse ponto fica a dúvida, porque eu vou jogar com Marcus (o humano gladiador) e utilizar as armas e o encantamento de um outro lutador? Não é mais fácil escolher o outro lutador logo? Sim, e não.
Realmente você pode fazer isso: escolher um lutador, mudar as armas e o encantamento dele e ele lutará como o dono original das armas - assim como em Soul Calibur, a arma determina o estilo de luta - mas cada personagem tem golpes especiais que não podem ser transferidos ou modificados.
Assim temos a Valquíria (que é da mitologia nórdica, então não sei o que ela está fazendo aqui) e podemos equipá-la com as armas do Minotauro e o encantamento do Golem de Pedra, mas ela continuará utilizando seus raios elétricos e sua investida aérea. Desta forma, a gama de combinações e estratégias de combate fica enorme e muito interessante. O problema com isso, e eu já falei qual é, é a despersonificação que os lutadores sofrem. Você não mais associa a Valquíria à sua lança ou o gladiador à sua espada e escudo, por que você pode gostar mais de permutar suas armas e se acostumar com elas invertidas. E o mesmo acontece com os encantamentos. Só o que faz você escolher o personagem são sua habilidades especiais.
Ainda não sei se gosto ou não dessas opções de jogo, mas é mesmo algo discutível.
Os controles, como já era de se esperar, tentam trazer imersão utilizando os sensores de movimento. Mas todos nós já sabemos que isso não funciona. Você chacolha como um louco e no fim das contas se sente idiota e frustrado por que não consegue precisão nos seus golpes. Melhor mesmo é utilizar o Classic Controller, que funciona do jeito antigo e mais seguro.
Fora isso ainda temos os cenários. Cada um é guardado por uma criatura que, de tempos em tempos, tenta descontar sua frustração nos lutadores. Dai cabe a um quick-time-event decidir quem leva ou escapa dos Hazards.
Não é um game ruim, mas não vai fazer você largar Street Figther IV, Soul Calibur IV ou Super Smash Bros. Brawl. Não se iluda com isso. Apenas tente apreciar o que a equipe da High Voltage trouxe de interessante graficamente e taticamente para o Wii. Tournament of Legends é clichê mas é singular e pode te divertir se você tiver saco para terminar o jogo com todos os personagens (para ganhar o encantamento de cada oponente é preciso vencê-lo no modo Story com cada um dos personagens).
Apesar de já telo feito não gosto de comprar games. Acho mais interessantes olhá-los pelo prisma de únicos do gênero e pelo ângulo de sua premissa. E nesse ponto não posso dizer que ToL é ruim. Ele tem gráficos, acabamento e trilha sonora muito bons. Mas a dublagem é péssima, os personagens não são interessantes e há muito pouco o que fazer no jogo.
Voltando ao mundo onde existem jogos melhores. Deixe ToL para aqueles que gostam de observar os vários usos de uma engine e estudiosos das texturas e aproveitamento gráfico em ambientes pouco poderosos. Não entendeu o que eu falei? Então esse jogo não é para você.
Até a próxima moçada!
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1 comentários:
Parece que seguiu o mesmo rumo de The Conduit, bom mas muito genérico e de certa forma, descartável...
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